domingo, 30 de outubro de 2005

Outra vez?

Pensei que depois dos jogos do Inter no Dragão e do Nacional na Choupana, o problema fosse resolvido.

E se pensar bem, de facto, o problema foi resolvido mas só em parte... Deixamos de sofrer golos! De facto, depois de 10 golos (ou mais...) sofridos desde o jogo do Rangers, a partir fechamos a defesa com a inclusão do Paulo Assunção e com a táctica 442. Mas o ataque, apesar de só agora o melhor ponta de lança estar a jogar a tempo inteiro (estou a falar do Hugo Almeida, claro) ainda não resolveu o problema da concretização, já que o elevado caudal ofensivo que a equipa normalmente produz continua a não se traduzir em golos.

E enquanto o FC Porto não conseguir despachar os "setubais" deste campeonato com uns dois ou três secos, isto não vai lá.

Sugestão minha: após o estágio do Postiga na B, juntar o Mac, o Sonkaya e o Jorginho até Dezembro e em função da resposta e atitude deles, ponderar então o despacho destas "vedetas" de 2ª e trazer para a equipa jogadores em condições, com vontade de jogar e triunfar...

quarta-feira, 26 de outubro de 2005

O REGIME - pequeno apontamento histórico.

É do conhecimento de todos que a história de Portugal e a história de Espanha estão umbilicalmente ligadas. No desporto, o mesmo sucede. Ambos os países saíram há algumas décadas de um longo período ditatorial, onde, no desporto e tal como no bloco de leste, uma agremiação foi eleita (da capital, claro) como A Instituição. Cumprindo esse desiderato, tais agremiações tudo ganhavam por decreto. Para esse fim, todas as armas eram legítimas. Assim, em Portugal, Salazar não deixou sair Eusébio para o Inter, já depois do mesmo ter sido desviado dos rivais da 2ª circular. Em Espanha, Di Stefano, contratado pelo Barcelona, foi resgatado por Franco e imposto ao Real Madrid sem apelo nem agravo. E muitos outros exemplos poderiam ser dados.
Pois bem, a história continua e desenvolve-se. Apesar de, aparentemente, se tratar de duas democracias, em certos sectores ainda se nota um claro défice democrático. O futebol é um bom exemplo. No nosso País, os jogadores do Porto são "sumarissimizados" a torto e adireito, bastando para tal "empertigar-se" (sic o relatório arbitral) contra um adversário. Os da Instituição, por sua vez, vêm os castigos ser reduzidos ao mínimo, escolhendo a melhor ocasião para limpar o cadastro. Os desconhecedores da história Ibérica poderiam pensar que só em Portugal se passam casos destes. Pois enganam-se. No pretérito fim de semana Messi, do Barcelona, é castigado por causa de uma amarelo mal mostrado. As imagens televisisvas ilibam-no completamente. O clube pede a despenalização. Na mesma jornada, Beckham é expulso por enxovalhos ao árbitro e assim não jogaria na Corunha. A Instituição pede a despenalização. E, tal como cá, o treinador afirma que acredita na despenalização, afirmando que o castigo vai ser retirado. É tal a sua confiança (certeza), que convoca o jogador apesar do castigo. Pois bem, qual o fim da história? A Comissão Disciplinar lá do sítio mantém o castigo a Messi e despenaliza o britânico... É caso para dizer que há nódoas e resquícios do Regime que custam a desaparecer.


PS - apesar da despenalização, os peseteiros tornaram a perder... os opositores do regime do Mágico Deco ganharam.

segunda-feira, 24 de outubro de 2005

EM QUE É QUE FICAMOS?

O amigo Leal das Cunhas irá certamente permitir ao benfas inscrever mais quantos guarda-redes quiser. Claro que se a Naval ou o Porto tiverem dois avançados lesionados com fracturas expostas (o que não é difícil, desde que apanhem o meio cérebro Petit ou o Karagounis pela frente... ou melhor, por trás), não poderão inscrever nem sequer um novo porteiro ou empregado de bar. No entanto, eis o que diz a veterinária que operou o Quim:

«Hoje é o dia zero. O princípio da recuperação vai começar no dia um, que será para descanso. No segundo e terceiro dias [quarta e quinta] recomeçará a correr. Depois do dia quatro [sexta] pode começar a sprintar e a rematar. Acredito que dentro de oito a dez dias poderá treinar sem limitações», explicou a cirurgiã alemã.

Questionada se Quim poderá ser utilizado no jogo com o Villarreal, na próxima semana, Ulrike Muschaweck afirmou: «Espero que sim. Penso que neste período de tempo vai conseguir recuperar.»

Afinal em que é que ficamos? A UEFA pede, para decidir, os relatórios médicos. Permite excepcionalmente a nova inscrição, se houver dois lesionados de longa duração, o que manifestamente não é o caso. Falsificarão eles o atestado médico? E o amigo Leal das Cunhas? Pedirá ele o certificado, ou a esta hora já assinou os despachos em branco?

E O PRÉMIO DE BRUXO DO MÊS VAI PARA...

... eu mesmo! Em 12/10 escrevi : "Pois bem, a única certeza do adepto do Porto é que o resultado de um sumaríssimo vai beneficiar o benfas. Se o Pedro Emanuel contesta, decide-se em 24 horas. Se o meio cérebro contesta, decide-se quando o benfas receber o Estrela da Amadora ou jogar para a Taça. Se um portista contesta, agrava-se-lhe a pena proposta. Se o Simulão contesta, pela primeira e única vez arquiva-se o processo. Ora digam lá que Kafka não descreveu muito bem os processos sumaríssimos?"

O prémio monetário atribuído consiste num montante igual aos não salários e às não ajudas de custo que um Juiz pertencente à Comissão Disciplinar da L.P.F.P. não aufere.

E O PRÉMIO DA AZIA DA SEMANA VAI PARA...

... um jornaleiro que responde pelo nome Marco Aurélio e que no Avante Lagartão de hoje regurgitou o seguinte vómito:


ADRIAANSE ERRANTE NAS SUBSTITUIÇÕES DEIXOU ATÉ AO FIM A DISCUSSÃO DO RESULTADO

Nacional-FC Porto, 0-1: Ganhar sem saber ler

O Nacional garantiu uma retaguarda com toda a segurança para travar o 4x4x2 dos dragões, mas no ataque acabou por desiludir

O jogo acabou com uma oportunidade flagrante de golo, mas Chilikov atirou por cima quando um "matador" fazia golo. De certeza. Ia dar empate e o FC Porto já não se isolava no 2º lugar. E se desse, mesmo que não esteja em causa a propriedade do seu triunfo, Co Adriaanse era o grande culpado. É incompreensível – a não ser que haja algo que escapa às vistas mais atentas – como deixou em campo Jorginho tanto tempo. E tirou Hugo Almeida! Depois, saiu Quaresma! Só por fim, para "queimar" tempo, é que decidiu excluir Jorginho. O brasileiro atravessa um período negativo e não acrescenta nada à equipa. É tanto assim, que o meio-campo procurou carrilar o jogo por um Quaresma solitário na arte de mostrar magia. Porque, no resto, os mágicos que no início da época faziam do FC Porto uma máquina de triturar futebol eclipsaram-se.

Leitura táctica

Co Adriaanse voltou a ler mal o jogo do banco – terá sido uma nuvem? – e podia sair-lhe caro. Mas tal não implica que o holandês não seja inteligente. É que mesmo obstinado pelo futebol de ataque e também casmurro, Adriaanse não ousou em cometer o mesmo erro táctico que na Liga lhe estava a trazer dissabores. Por isso, manteve o 4x4x2 que resultou contra o Inter de Milão. Foi o suficiente para dominar a 1ª parte. E se dúvidas pudessem existir, provou-se que Assunção tem lugar. De caras. Não é um Costinha, mas promete compensar bem a falta do "ministro". O brasileiro realizou um jogo perfeito sob o ponto de vista táctico e correctíssimo no plano disciplinar: uma falta sobre Ricardo Fernandes a 10 minutos do final do jogo ilustra a sua importância. E Lucho agradece, pois sabe que, tendo as costas seguras, pode agora adiantar-se com ousadia para rematar de meia distância. Deste equilíbrio, que protege uma defesa valente e madura, nasceu o que faltava ao FC Porto: pragmatismo. E na Choupana vale ouro. O Nacional seguia sem derrotas, mas caiu aos pés de um adversário que, não tendo sido nunca arrebatador, na 1ª parte esteve sempre mais perto de marcar. No 4.º dos 12 remates, Hugo Almeida falhou incrivelmente (13') quando cabeceou ao lado.

Sem ataque

O Nacional não mexeu na estrutura, mas começou o jogo preparado para o 4x4x2 dos dragões. Coube a Cléber a missão de recuar no terreno para formatar três centrais ao juntar-se a Ricardo Fernandes e Ávalos. Mais adiantada, uma linha de quatro homens para cobrir um meio-campo, onde os dragões Jorginho e Quaresma actuavam nas bandas, para além dos fixos Lucho e Assunção.

Com tanta segurança na retaguarda, o Nacional não teve uma presença incisiva no ataque e não conseguiu desequilibrar. Miguel Fidalgo lesionou-se cedo mas também não estava a acrescentar nada e Chilikov, a receber o futebol directo, não teve vida fácil entre Pepe e Pedro Emanuel. Goulart foi o mais esforçado, essencialmente pela direita mas com liberdade para surgir nas costas do búlgaro. A perder, Machado mexeu e a equipa melhorou. Luisinho, um defesa-direito de origem que ataca melhor do que defende, travou os ímpetos de Quaresma e, pouco depois, Anic animou o meio-campo. Foi por pouco tempo, dado que a reacção não se revelou tão perigosa como chegou a parecer. Na resposta, os dragões limpavam a área com vontade e actuavam em contra-ataque. Com Cech mais tímido, Bosingwa foi corajoso a ganhar faltas e a servir McCarthy que quase fez o 2º quando atirou à trave.

Árbitro

Hélio Santos (3). Deveria ter sido mais rigoroso em matéria disciplinar, mas acabou por não cometer erros capazes de manchar a sua actuação.

Autor: MARCO AURÉLIO

Grande jogo...



Grande jogo do Mágico Porto na Madeira.
Entramos de uma forma autoritária, dominando o jogo, mostrando quem manda.
Não tivemos sorte na finalização. Mas como a sorte protege os audazes, eis que na segunda parte, a centro fabuloso de Harry Potter, Hugo Almeida envia a bola para o fundo das redes. Não sem que a bola tivesse tabelado três vezes (sim, três vezes) nos ferros antes de entrar. Mas entrou e o Mágico Porto lá trouxe os sempre difíceis três pontos da Choupana.
Mesmo assim, estou certo que há jogadores a mais na equipa principal. Tal como Jorginho e a nulidade do Mc Carthy.
Outros há que vão demonstrando que já lá deviam andar há muito tempo, como é o caso do Marek Cech. Grande jogador. Um lateral que faz muito bem todo o corredor. E depois consegue aquilo que eu tanto desejava: ver o César Peixoto de fora da equipa...
Os lamps bem fazem festas de quem já ganhou a Liga, mas mesmo assim, ainda têm de olhar para cima.
E relativamente à palhaçada da Liga Betadine, deixem-me passar este Comentário do Jorge Maia, no Sábado, no jornal "O Jogo":
"Ronald Koeman não acredita que a Comissão Disciplinar da Liga castigue Petit pela entrada sobre Targino.
Petit, ele próprio, também não.
Pelos vistos, ninguém no Benfica acredita que a CD seja capaz de castigar o médio encarnado e o mais certo é que tenham boas e fortes razões para tanto cepticismo.
Eu próprio duvido que a CD castigue Petit e, modéstia à parte, já duvido há quase um mês que foi o tempo que passou desde que o jogador foi alvo do processo sumaríssimo na sequência do Benfica-Guimarães.
Ainda assim, convém não menosprezar a queda dos senhores juizes da CD para a comédia de costumes - de maus costumes, diriam alguns - e avançar com a hipótese que lhes garante mais gargalhadas e destaque nos noticiários da próxima semana, ou seja, a redução a pena proposta para Petit a apenas um jogo a cumprir no encontro da Taça de Portugal frente ao Leixões. Isso sim, seria uma tirada hilariante, ao nível do melhor que se faz na Revista à Portuguesa.

A hipótese sugerida pelos encarnados nos últimos dias - absolver o jogador - apesar de ser tentadora em termos de efeito cómico, peca por não ser original. Afinal, Simão Sabrosa, que por feliz coincidência é jogador do Benfica, já foi mandado em paz pela CD depois de um sumaríssimo muito parecido com este.
Ora, como todos já sabemos por esta altura, os senhores juizes fazem questão de serem absolutamente originais. Para eles, cada sumaríssimo deve ser espremido de maneira diferente, para garantir sempre um resultado novo e surpreendente, capaz de manter os adeptos de futebol agarrados à cadeira de tanta ansiedade. "

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Aceitando a sugestão dada nos comentários ao post anterior...

aqui vão as capas de ontem destes dois estercos.


Comigo, estes não ganham nem um tostão...

O homem não é autista...

Co Adriansse deu ontem uma grande resposta. Antes, durante e depois do jogo. Disse o porquê de alterar o sistema de jogo e explicou-o bem. Segundo ele O Inter é a única equipa que defrontamos até agora que tem melhores jogadores que o Porto.
E esta é que é a verdade.
E também mostrou que aprendeu a lição. Ao meter Pedro Emanuel e Marek Check e pondo Paulo Assunção à frente da defesa. Viu-se logo no início do jogo a diferença da solidez defensiva.
Paulo Assunção foi simplesmente o melhor jogador em campo.
Check arrumou definitivamente com o Peixoto para o banco ou para onde ele quiser.
Pedro Emanuel fez um jogo enorme, com classe, demonstrando que o que aquela defesa precisa é de um patrão.
É certo que não gosto muito do Pepe. Mas o que é certo é que fez um bom jogo, não deixando, no entanto, de fazer aquela besteirada do costume mas que desta vez correu bem.
Bosingwa continua a mais na equipa. Distraído durante todo o jogo e um buraco na segunda parte.
Na frente, Hugo Almeida fez um grande, fora uma ou duas besteiradas de quem quer mostrar serviço. Correu o campo todo, ganhou inúmeros lances de cabeça entre os centrais e acabou o jogo esgotadíssimo, mas ainda assim a correr tudo quanto as pernas ainda o deixavam.
Lucho é um Luxo e acho que não preciso de dizer mais nada.
Mc Carthy, apesar do golo, foi uma miséria, mais parecendo uma vaca grávida. E claro o HARRY POTTER. Fantástico jogo. Com um árbitro a sério e sem se amedrontar com o poderio dos Euros Italianos e aquele defesa direito italiano não teria chegado ao intervalo. Está em grande forma e joga para a equipa. Por vezes, claro, também exagera no individualismo, mas nota-se já uma grande diferença no Quaresma.
E contra os Arautos da desgraça, principalmente os jornalistas (lembro-me ontem no jornal da tarde dessa estação TVI, a perguntar por quatro ou cinco vezes ao mesmo adepto se iria levar o lenço branco para o jogo, se era a última oportunidade do Mister, etc., etc, apesar do nosso adepto Dragão dizer sempre que não) aqui está a resposta.
Tinham reservado as capas dos jornais para a eliminação do Porto da Liga dos Campeões. Como tal não aconteceu, puseram-nos num cantinho, porque uma vitória contra o Inter de Milão é uma coisa banalíssima.
Vejam, em tamanho pequeno e sem os nomes dos pasquins, pois se há coisa que não faço é publicidade a esterco:

E contra factos, não há argumentos...

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Não contem com o meu lenço...

Não contem com o meu lenço para mandar o treinador embora.
Apesar destes desastres que nos têm acontecido, não acho que seja a melhor solução para o clube.
No Sábado fiquei furioso e logo antes do jogo critiquei a equipa que entrou em campo. Mas critiquei esta equipa, como também já elogiei este ano as exibições deste nosso Mágico Porto. Somos uma equipa jovem, em contrução, com grandes jogadores.
Parece-me, tal como ao Pavão, que existem muitas coisas a melhorar e que o treinador tem muita culpa em algumas escolhas que faz.
Dou a mão à palmatória também em relação a muitas críticas feitas a Co Adriansse pelos comentadores deste blog.
Por exemplo, não me parece que o Jorginho mereça jogar os 90 minutos de cada jogo e também não me parece que deva ser titular. Que o melhor ponta-de-lança do Porto só entra a 15 minutos do fim, enquanto o ingrato do Sul Africano se arrasta 90 minutos.
E parece-me, mais que tudo, que os grandes erros são a escolha dos defesas.
De todos e não só de um. Desde o César Peixoto, passando pelos Centrais, até chegar ao Bosingwa. Esperemos que o treinador retifique alguma coisa já na quarta-feira.
Porque analisando friamente, lembram-se de alguma vez termos feito as exibições que fizemos ainda este ano? Lembram-se? Se calhar não se lembram.
E mais que tudo, penso que a dança de treinadores não nos favorece. Lembram-se de algum ano em que tenhamos sido campaões com mudanças a meio do ano. Não, eu não me lembro.
De resto, o treinador não viverá para sempre nos céus e, como me parece uma pessoa inteligente, aprenderá com os erros.
Ele sabe do que a equipa precisa. Sabe que precisa do nosso mito Jorge Costa na voz de comando e que precisa de Pedro Emanuel a seu lado.
Veremos se não é isso que acontece, até porque no dia em que o Jorge entrar em campo, nós todos estaremos a seu lado a puxar pelo nosso Mágico Porto outra vez.
Os lampiões ganharam passados 14 anos no Porto. Andam loucos de alegria. É para estar. Todos os clubes pequenos quando ganham no Dragão significa mais do que ganhar a Superliga.
Neste momento estão com a mora em alta. Mas só a moral, porque na pura, nua e crua realidade, verificam que ainda têm de olhar para cima na classificação.
Por mim, não perco a minha fé no Mágico Porto. Amanhã lá estarei, motivado como sempre, para apoiar o Mágico Porto contra o Inter.
E apesar da derrota, deixem-me exaltar aqui a coreografia do Colectivo. Simplesmente fantástica. Por vezes é muito fácil dizer mal das claques, mas também não custa reconhecer o grande empenho que têm no apoio ao Mágico Porto. E sei que amanhã, estarão lá, tal como eu, porque não somos de abandonar o nosso clube quandso as coisas correm menos bem...

Que se passa este ano?

Quando tudo parecia encaminhar-se para um conto de fadas, afinal parece ser um remake do filme de terror da última época!

Que se passa com a equipa?

Até à interrupção do campeonato para os jogos da selecção do sr. Scolari, a equipa era atacante, pressionante e criava muitas oportunidades de golo, apesar do baixo indice de aproveitamento. Dava espectáculos interessantes (já não me lembrava de ver o FC Porto jogar assim desde os tempos de Bobby Robson) e entretia os adeptos. Mesmo quando não ganhava mostrava vontade de querer ganhar.

Depois veio o jogo com o Artmédia e agora com os lampiões... e foi o descalabro.

A defesa é de papel muito fininho, que se rasga com a maior facilidade. O trico não "trinca" ninguém. O Mac está numa de querer ir embora e só cumpre os serviços minimos - ou nem isso, já que no caso dele isso seria marcar golos! O Postiga já nem na selecção do sr. Scolari faz alguma coisa. A equipa não sabe defender atrás da linha do meio-campo e quando tem a bola nos pés não aproveita as situações de ataque que vai construindo. Há jogadores a jogar fora do sitio - nem vou pelo César Peixoto que até acho que se está a adaptar bem ao lugar - como o Lucho (na selecção argentina tem atingido excelentes exibições encostado à linha direita, a fazer lembrar o Jaime Magalhães de antigamente) ou o Ibson (que faz melhor o papel de Maniche do que o do Costinha). Para além disso, jogadores como o Bosingwa, o Sonkaya ou o Postiga não têm espaço para jogar no FC Porto.

Há defeitos de construção do plantel que têm de ser limados. Precisamos de um central rápido e o Jorge Costa continua a ter lugar na equipa desde que seja acompanhado por ele, como se viu há duas épocas (onde já era lento) mas com o Ricardo Carvalho ao lado fez aquela que para mim foi a melhor época da sua carreira. O defesa direito tem de ser bom a atacar e defender também, tem de ser rápido e ter sentido posicional para saber quando deve ou não deve subir (que é o que o César Peixoto ainda não tem, isso ganha-se com a rotina do lugar). O trinco tem de ser o Assunção ou o Meireles - sendo que eu gostei muito dele no principio da época. O Jorginho joga na posição do Diego e é uma boa alternativa ao novo mágico, mas os dois ao mesmo tempo não cabem na equipa. O Sokota é um equivoco e neste momento, como mostrou nos sub-21, o Hugo Almeida é o melhor ponta de lança do FC Porto. O Lisandro é muito bom e combativo, deve jogar à esquerda mas pode cumprir muito bem qualquer outro dos lugares da frente de ataque. O Quaresma só a espaços é que joga para a equipa e isso não serve para o FC Porto, quando quero ver números de circo vou ao circo e não ao Estádio do Dragão!

Portanto, mister Co Adriaanse, não estrague o bom serviço que fez nos primeiros 100 dias com teimosias espúrias que não levam a lado nenhum. Exiga à SAD os jogadores que faltam para completar o plantel e promova a rectificação das posições e do sistema defensivo da equipa, sob pena de qualquer dia ter de voltar a ir para o Estádio do Dragão com lenços brancos no bolso para qualquer emergência como tantas vezes aconteceu o ano passado...

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Antes de depois de Pedro in "O JOGO"

Até Pedro Emanuel se lesionar, no jogo com o Glasgow Rangers a contar para a Liga dos Campeões, o FC Porto não tinha perdido qualquer jogo e apenas tinha sofrido dois golos. Sem o central, os portistas perderam três jogos, empataram outros dois e sofreram dez golos. Coincidência?

O que há de comum a todos os jogos em que o FC Porto perdeu pontos esta temporada? Provavelmente há mais do que uma resposta certa para esta pergunta, mas considerando as críticas que têm sido tecidas à eficácia da defesa portista, é inevitável tecer uma relação de causa e efeito entre a ausência de Pedro Emanuel no eixo e o aumento da permeabilidade do sector mais recuado dos portistas.
Pedro Emanuel lesionou-se em Glasgow depois de ter sido literalmente abalroado por Prso, fracturando os ossos próprios do nariz. Quando saiu, o FC Porto já perdia por 1-0 mas estava a ser o melhor elemento da equipa, tendo inclusivamente negado um golo a Jeffers, com um corte impressionante.
Mas mais do que a eventual influência da sua saída no resultado do jogo com os escoceses do Rangers, o facto é que enquanto Pedro Emanuel integrou a dupla de centrais, ou seja, durante os primeiros três jogos da temporada, o FC Porto não perdeu qualquer ponto, sofrendo apenas dois golos no campeonato, um dos quais marcado por César Peixoto na própria baliza.
Numa defesa que integra dois laterais improvisados, como são Bosingwa e César, e onde a média de idades não ultrapassa os 23 anos, a presença de um elemento mais experiente como é Pedro Emanuel pode ser fundamental, especialmente num jogo de emoções fortes como é um clássico.


Estranhamente, e apesar de ser dado como completamente recuperado da fractura no nariz há cerca de uma semana e meia, e não obstante participar nos treinos sem limitações, Pedro Emanuel ficou fora do clássico ao nem sequer integrar a lista de convocados de Co Adriaanse para o jogo com o Benfica. O holandês preferiu levar Pepe para o banco.

Entretanto, a expulsão de Bruno Alves no clássico deverá afastá-lo da equipa durante algum tempo, abrindo espaço para o regresso de Pedro Emanuel ao lote de opções do treinador, pelo menos no campeonato. É que Adriaanse já admitiu a hipótese de manter Bruno Alves na equipa nos jogos da Liga dos Campeões. "

domingo, 16 de outubro de 2005

quarta-feira, 12 de outubro de 2005

O PROCESSO

O processo é um delirante e genial livro de Franz Kafka, que recomendo, num breve apontamento literário, a todos os leitores deste blog, incluindo os descerebrados sarracenos que, masoquistamente, teimam em nos visitar. Deste livro, o que mais se destaca não é a qualidade literária do mesmo, mas a espantosa antevisão, com décadas de antecedência, do que seriam os processos sumaríssimos no seio da LPFP. Assim, tal como Joseph K., os amantes do futebol em Portugal nunca sabem qual o passo seguinte do processo, os fundamentos do mesmo e as rocambolescas voltas que o mesmo dá. A única certeza de quem lê o livro é que o pobre Joseph K. vai ser condenado. Pois bem, a única certeza do adepto do Porto é que o resultado de um sumaríssimo vai beneficiar o benfas. Se o Pedro Emanuel contesta, decide-se em 24 horas. Se o meio cérebro contesta, decide-se quando o benfas receber o Estrela da Amadora ou jogar para a Taça. Se um portista contesta, agrava-se-lhe a pena proposta. Se o Simulão contesta, pela primeira e única vez arquiva-se o processo. Ora digam lá que Kafka não descreveu muito bem os processos sumaríssimos?
E como é de análise literária que trata este post, sempre se pode encontrar mais uma fascinante ligação entre Kafka e o prsente processo sumaríssimo do futebol pátrio. Na verdade, é conhecida a ligação entre o escritor checo e a "beat generation". Pois bem, "beat" é precisamente a especialidade (a única, acrescentaria) do meio cérebro Petit. Coincidências quase arrepiantes...



PS - É espantosa a mente retorcida dos assalariados juízes da CD da LPFP. O processo do meio cérebro só existe porque o Porto se queixou. Sim, porque eles não viram. Mas já viram, tendo sido da sua iniciativa, a vingança do Medeiros sobre o meio cérebro, no mesmo jogo...

terça-feira, 11 de outubro de 2005

E não é que me cheirou bem?

Foi num post de sexta-feira. Escrevi o seguinte:
Titulo
"Já estou mesmo a ver no que isto vai dar... "
(...)
último parágrafo:
"A ver vamos se este caso não é igual àquele fait-diver do sumaríssimo ao Simulão na época passada que acabou, claro, arquivado...
E já agora, deixem-me por esta no ar. Não se cheira quem será o lampião de apito na boca que vai apitar no Domingo?
Parece-me que nos vai calhar o Calabote do costume..."

E lá está. O Cão Rivoso vai jogar e o Cavalo do Calabote vai apitar.
Se fosse tão fácil acertar no Euromilhões....

Os seis milhões não chegam para 2500 bilhetes

Segundo li, são os Portistas que estão a comprar os bilhetes na Lampiolândia, havendo inclusivamente notícia de que as nossas claques já adquiriram algumas centenas de ingressos destinados aos lampiões.
E porque será que isto acontece? Logicamente pelo facto de nós, Dragões, nunca deixarmos de estar presentes quando joga o nosso clube, pela paixão que temos pelo grande Mágico Porto.
Apesar de nos vedarem a entrada no campo da Lampiolândia, o ano passado, ainda lá estivemos 3.000. A estes damos-lhe 2.500 bilhetes e ainda têm de vender a portistas para esgotarem. Não há dúvida que uns se arrogam com manias. Nós dizemos presente.

E espero que seja um jogo como o Mágico Porto tem feito até hoje.
A jogar desta maneira, não temos medo de ninguém.
Quanto mais destes lampiões fraquinhos. Fraquinhos até meter dó.
Não espero revoluções na nossa equipa e nem esse era o meu desejo. Espero uma ou duas modificações, até porque já temos todos os centrais aptos.
Mas acima de tudo, o que espero, é ver aquele estádio cheio a gritar do primeiro ao último minuto. Pelo Mágico Porto, como sempre e puxando pelo recital.
Há momentos em que se devem inverter um certo tipo de coisas e penso que este será o momento para inverter o facto da bola não entrar nem à lei da bala.
Estou confiante que é desta. Pois basta mais um pouquinho de sorte para nós dar-mos abadas das grandes...
E, porra, a sorte normalmente protege os audazes...

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

Direito à ingenuidade por JOSÉ MANUEL RIBEIRO

"1. Uma pergunta ingénua, seguida de outras igualmente sábias, a respeito do amontoado de testemunhas com que o Benfica garantiu a utilização de Petit no jogo de sábado com o FC Porto, apesar do processo sumaríssimo que tem às costas: onde está escrito que um jogador ao serviço da selecção nacional não pode prestar declarações num processo? Em que regulamento? Qual é o número do artigo? A alínea? É óbvio que falo no absurdo e que isto pode não parecer muito sensato, mas que argumento pôs a hipótese de lado? Alguém chegou a perguntar à Federação se via muito incómodo em dispensar três seleccionados, durante meia-hora, para provar ao relator do sumaríssimo que o Petit é atleta de Cristo? A Federação recusaria um pequeno contributo para a celeridade da Justiça? Sabem que o jogo de quarta-feira é no Porto e que a Liga também fica no Porto? Quem disse que a Comissão Disciplinar tem de ir nas tretas que os clubes inventam para protelar as decisões? Por que não inventar a figura do relator ao domicílio, dado o carácter patriótico deste caso muito particular? E, já agora, que é feito daquele voluntarismo da Comissão que, na época passada, julgou em menos de vinte e quatro horas a contestação do FC Porto ao sumaríssimo aplicado a Pedro Emanuel? Ou o voluntarismo que, para viabilizar outro sumaríssimo, perguntou ao árbitro do Leiria-FC Porto se o amarelo a Luís Fabiano fora pela cotovelada em Renato ou por ele ter a fralda de fora?"

E já agora, deixem-me acrescentar, porque será que aqui há uns tempos a Federação autorizou o Simulão a deixar o estágio para fazer testes médicos em Inglaterra?
Eu não disse que já sabia como este caso ia acabar...
E é a Juízes destes que se encontra entregue a nossa justiça...

sexta-feira, 7 de outubro de 2005

Já estou mesmo a ver no que isto vai dar...

In Jornal "O JOGO"
"O prosseguimento do processo sumaríssimo instaurado ao médio encarnado chegou ontem à Liga de Clubes, e a lista de testemunhas contempla um misto de jogadores próximos do lance na altura e de atletas sentados no banco de suplentes. Os principais argumentos do camisola 6 baseiam-se nas emoções despertadas pelo jogo e no facto de não ter existido qualquer intenção de magoar o jogador vimaranense."

Pois é, segundo rezam as crónicas, pelo calor do jogo (só o dos lampiões) estes podem dar paulada forte e feio que nada lhes acontece.
Durante aquele jogo, o cão raivoso pequeno, já tinha dado uma charutada de todo o tamanho no coitado do Targino sem sequer ter visto um amarelo. Depois, não contente, ainda lhe enfiou outro charuto, capaz de lesionar gravemente o jogador (como tão bem ele sabe), sendo certo que foi por causa de um lance destes que Marco Van Basten foi arrumado para o futebol.
Ainda não contentes, agora vêm-me com esta conversa da treta. Uma vergonha. E já estou a ver a posição do CD da Liga. Vai despenaliza-lo, logicamente.
Como não somos anjinhos, ouvimos há dias o Kadafi dos Pneus a dizer que doesse a quem doesse, que iriam ser campeões.
Bem, ao Targino já doeu e em campo e em vez de jogarem contra dez continuaram a jogar contra onze.
Nós sabemos como vai ser montado o esquema.
A nós, Dragões, só nos resta o comportamento e a atitude que adptamos quando somos campeões neste País. Como sempre será contra tudo e contra todos, tendo que ser melhor que todos os outros 10 vezes mais, o que sinceramente não duvido da forma que esta equipa joga futebol....
A ver vamos se este caso não é igual àquele fait-diver do sumaríssimo ao Simulão na época passada que acabou, claro, arquivado...
E já agora, deixem-me por esta no ar. Não se cheira quem será o lampião de apito na boca que vai apitar no Domingo?
Parece-me que nos vai calhar o Calabote do costume...

segunda-feira, 3 de outubro de 2005

Um jogo completamente atípico...

Foi um jogo completmante atípico. Na primeira parte, jogamos uma autêntica miséria e a nossa defesa a mostrar porque é apelidada de miserável, começando nas laterais.
Na segunda parte um Porto bem melhorzinho, tentando chegar à baliza contrária e já com mais estabilidade no meio-campo, com a entrada de Paulo Assunção. Viramos o resultado, mas não chegou. Uma remate fortuito fez voltar o empate.
Como disse há dias, não comentaria nem poria em causa o sistema de jogo de Co Adriansse, mas criticaria as suas opções em termos de jogadores.
Bosingwa anda perdidinho, não sabe fazer um centro que não seja em balão.
César Peixoto, anda por ali completamente perdido, sempre aos papéis, parecendo uma via verde grátis numa estrada já de si muito barata.
Mas o que mais me custou ontem naquele jogo foi reparar que Adriansse tem alguns afilhados na equipa. Isto porque só assim posso compreender que Jorginho tenha jogado o jogo todo, quando, sinceramente, nem se via. Assim como não posso compreender que o ponta de lança ainda continua a ser primeira escolha, quando o futebol que produz durante o jogo é nulo e nem se mexe.
Sinceramente, há coisas que não percebo...